domingo, 18 de novembro de 2012

TRANSPORTE E ARMAZENAGEM DE MATERIAIS RADIOATIVOS

Transporte e armazenagem de materiais radioativos

TCC elaborado por Taiz Ribeiro de Melo
Orientador: Professor Álvaro Camargo Prado



A tendência no Brasil é a de que a energia nuclear continue a crescer e, portanto, é necessário o desenvolvimento de projetos para sua implementação de maneira adequada, principalmente em relação ao descarte do combustível irradiado.
As usinas operantes no País localizam-se em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (Angra I e II). Representam cerca de três por cento de toda a energia gerada no País.

De acordo com o Plano Nacional de Energia, do Ministério de Minas e Energia, até 2030 entre quatro e oito nucleares devem ser construídas no Brasil, o que aumenta a preocupação quanto à logística na geração de energia nuclear, desde a mineração do urânio ao seu descarte.

Apesar dos efeitos negativos, a energia nuclear é considerada limpa, pois não gera gases como o carbono. Porém, quando o combustível já não possui mais a eficiência nos reatores, precisa ser substituído. Ocorre, então, a geração de um rejeito – o combustível nuclear irradiado, além dos materiais que entraram em contato com o combustível nuclear.
Há duas possibilidades para o combustível nuclear irradiado: o reprocessamento ou armazenagem até que decaia seu nível de radioatividade (o que pode levar milhares de anos). Em nenhum país do mundo existe um local onde seja possível depositar definitivamente o material irradiado.

Transporte rodoviário com casco
Esse combustível inicialmente é armazenado dentro de piscinas, presentes dentro das instalações de cada reator, para que sejam resfriados e, em seguida, descartados. No Brasil, existe regulamentação para os rejeitos de baixa e média radioatividade. Para os de alta, como o combustível nuclear irradiado que sai dos reatores, em Angra I e II, eles ainda estão armazenados nas piscinas, aguardando implementação de um plano, a fim de que sejam armazenados ou reprocessados.

A produção – o ciclo de produção de energia nuclear começa com a mineração do urânio. Atualmente o processo de enriquecimento é efetuado no exterior. O produto percorre 700 quilômetros de caminhão até chegar ao porto de Salvador, sendo enviado em tambores lacrados dentro de containers, por onde segue de navio até o Canadá, para a Cameco, onde é convertido em gás para novamente ser transportado de navio para a Holanda, na Urenco, onde este gás é enriquecido para novamente retornar ao Brasil para o porto do Rio de Janeiro e viaja em caminhões até chegar a Fábrica de Combustível Nuclear, em Rezende. Lá o gás é reconvertido para a forma sólida e transformado em pastilhas, que serão montadas com o elemento combustível, nas Usinas de Angra dos Reis.

O transporte – é dividido em duas etapas - front end e back end. A etapa inicial abrange desde a mineração do urânio até o transporte das pastilhas usadas nas diversas usinas nucleares. A final abrange todas as relações de transporte relacionadas com o combustível nuclear queimado (CNQ) que sai dos reatores diretamente para as instalações de reprocessamento para reciclagem ou para a deposição final.

Piscina de armazenagem na Finlândia
Embalagens e armazenagem – as embalagens devem possuir um revestimento adequado de proteção, que deverá salvaguardar o ambiente e as pessoas que mantiverem algum contato. Deverão ser hermeticamente fechadas para não dispersar o conteúdo. Existem atualmente dois tipos de armazenagem: a por via seca e a por via úmida (piscinas). Por via seca, utiliza-se geralmente gás hélio, evitando o “enferrujamento” dos revestimentos de metais do elemento combustível.

A partir do exposto, é possível concluir que se o Brasil deseja investir na criação de novas usinas nucleares, deve prover também a caracterização da destinação dos rejeitos radioativos, pelo menos para os próximos 20 anos, até que se tenha uma decisão de um local para a deposição definitiva ou novos métodos de reprocessamento.

Grupo Dragão




Adolpho Moreira
Adriana Pereira
Alan Gatti
Anderson Floriano
Bruna Freire
Fotis Dionysios
Marisol de Andrade
Vinícius Dias da Cunha

Um comentário:

  1. já pensou se tomba um caminhão desse na estrada, deus é mais

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