TCC: O Transporte marítimo de Combustíveis com Foco na excelência Ambiental -
MODAL MARÍTIMO
Autora: Thalita Ferreira Sales
Orientador: Professor Álvaro Camargo Prado
Ano: 2009
Atualmente, a preservação do meio ambiente é assunto em
foco entre as organizações mundiais.
Conseguir utilizar os recursos naturais de uma maneira que estes possam
suprir às necessidades da população e, ao mesmo tempo, degradar menos possível
a natureza é o grande desafio do século para as empresas.
Essa consciência ecológica também se aplica ao
transporte de combustíveis pela via marítima. Ao transportar esse tipo de carga
através de navios, deve-se levar em conta os riscos ambientais, aliando-os à
prevenção de acidentes através de planos de emergência e equipamentos de
segurança que procuram evitar ocorrências dessa natureza. O controle desse
transporte é feito através de regulamentos e tratados internacionais. No
caso do Brasil, a Marinha é quem normaliza o transporte aquático; já a
fiscalização está por conta da Diretoria de Portos e Costas.
Na década de
60, um grande acidente ocorrido na Inglaterra com o navio de petróleo Torrey
Canyon “abriu os olhos do mundo” para a necessidade da existência de um
controle maior sobre esse transporte. A MARPOL (Convenção Internacional para a
Prevenção da Poluição por Navios) foi criada posteriormente aumentando a
fiscalização e criando normas de segurança, como, por exemplo, a de que navios
que transportam produtos perigosos deveriam ter casco duplo
.
Os principais
combustíveis transportados são os derivados de petróleo, como a gasolina, o
óleo diesel e o gás natural, e o álcool, derivado da cana-de- açúcar. Segundo a
ABNT, todo meio de transporte que venha a carregar produtos perigosos deve
estar devidamente sinalizado com painéis de segurança e rótulos de risco
principal, e em perfeitas condições de uso, evitando, assim, avarias nas
embalagens das cargas.
As embarcações utilizadas para transportar
combustíveis são chamadas navios-tanque, fabricados especialmente para cargas
de líquido a granel. Estes navios são divididos em três tipos: petroleiros, gaseiros
(transporta gases em estado líquido) e químicos. A escolha do tipo de navio
depende do tipo de carga, do trajeto e do porto de embarque e
desembarque. E é nesse processo de carga e descarga que os derramamentos de
óleo mais preocupam, pois mesmo sendo em pouca quantidade, são frequentes e
apontados como os maiores causadores de vazamento de óleo do mundo. Por isso, todo
esse processo logístico deve visar não somente a redução de tempo e obtenção de
lucros, mas também os impactos que um acidente possa causar ao meio ambiente,
caso algum processo venha a ser realizado de forma negligente.
Porém,
apesar de toda tecnologia e medidas empregadas para evitar catástrofes ambientais,
acidentes ainda acontecem, muitos deles sob total desconhecimento da população,
já que ocorrem longe da costa e trazem impactos que não podem ser vistos. Para
minimizar os efeitos dos vazamentos de óleo, sejam eles de grandes ou pequenas
proporções, é fundamental que a empresas responsáveis pelo transporte tenham
planos de Ação de Emergência,Contingência e Descontaminação. Todos esses
planos devem ser previamente ajustados e sempre atualizados. Por isso, as
organizações mundiais e a população devem estar dispostas a sempre procurarem
melhorias nesse setor, pois, como já visto em muitos desastres anteriores, as
consequências ao meio ambiente são desoladoras e podem, se não tradadas com o
devido cuidado, acabar com a fauna e flora de uma região em pouco tempo.
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