O Abastecimento de Bunker no Porto de Santos e Cuidados Ambientais
TCC Elaborado Por:
Elaine Emi Matsukawa
Thaís Jacobina Bessa
Orientador: Prof. Ms.: Álvaro Camargo Prado
Santos - SP
2011
Elaine Emi Matsukawa
Thaís Jacobina Bessa
Orientador: Prof. Ms.: Álvaro Camargo Prado
Santos - SP
2011
Bunker é o abastecimento de combustível fornecido a todas as embarcações, a qual tem 2 tipos diferentes, que são eles:
- Óleo Pesado (Heavy Fuel Oil)
fornecido apenas a embarcações de porte grande, como navios de todos os
tipos, (Passageiros, Carga, Químico etc).
- Óleo Diesel Marinho (Marine
Diesel Oil) fornecido em embarcações de porte grande, entretanto
fornecendo também em embarcações de pequeno porte como, rebocadores,
barcos de pesca, iates, lanchas e ate Jet ski.
Ambos são fornecidos pela Petrobrás, o qual trabalha em conjunto com uma
empresa terceirizada chamada São Miguel, que possui algumas barcaças flutuantes
que abastecem as embarcações de acordo com a solicitação efetuada pela empresa
contratante, que na maioria dos casos é a agência consignatária do navio.
A conexão da barcaça é feita por um braço de carregamento, o operador
faz a medição inicial e verifica a temperatura dos tanques, em seguida
inicia-se a operação ao navio. Durante toda a operação fica cercada por
barreiras de contenção, no caso de algum vazamento de óleo combustível.
Após feito isso, a barcaça segue direto para o local do navio que será
abastecido. Chegando ao mesmo, o navio realiza a conexão do mangote e em
seguida o inspetor presente realiza a inspeção de 79 itens de segurança até
receber a confirmação de iniciar a operação, o que leva em torno de 1 a 2 horas
de preparação.
Devido à necessidade imensa dos navios a serem abastecidos no porto de
Santos, a CODESP (órgão responsável por determinar as atracações dos navios no
porto de Santos) é também responsável pelos atracadouros públicos, os quais a
Petrobras tem exclusividade no píer 1 e no píer 2 e compartilhado com outras
empresas.
A empresa São Miguel citada acima conta com três navios, cinco barcaças
autopropulsáveis e 12 barcaças não propulsáveis. Uma fonte da empresa diz que
sem descuidar de sua função básica, o futuro da São Miguel está ligado ao
off-shore. A empresa tem um barco de apoio e pretende ampliar sua fatia no
setor.
Levando em conta que estamos falando de um óleo combustível, não podemos
esquecer de citar os riscos ambientais.
De acordo com a CETESB, a necessidade de desenvolvimento de planos emergência
e uma estrutura de resposta rápida a incidentes de poluição por óleo em águas
brasileiras se deu por conta da lei federal n° 9.966/2000 regulamentada pelo
decreto federal n° 4136/2002.
Na década de 70, registraram-se dois acidentes de grande magnitude,
tanto em área atingida como também em volume vazado, devido à colisão com
rochas submersas. Um envolvendo o navio Takimyia Maru em 1974 e o outro em 1978
envolvendo o navio Brazilian Marina, ambos no canal de São Sebastião e com
estimativa de vazamento de 6000 toneladas cada um. Nas duas ocasiões, não havia
preparo, nem recursos materiais e nem equipamentos para lidar com acidentes
daquela magnitude.
O caso que mais chocou, pela grande quantidade de petróleo que lançou ao
mar foi o da plataforma de petróleo Deepwater Horizon no Golfo do México,
distante 80 km dos EUA. Foram 779 mil toneladas que vazaram após uma explosão
que causou graves danos à vida marinha, à atividade pesqueira, ao turismo e
vários prejuízos socioeconômicos e ecológicos.
Grupo Albatroz
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