quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Ferrovias - A história da ferrovia no Brasil


Ferrovias - A história da ferrovia no Brasil

Daniel Penisi
Orientador: MSc. Álvaro Camargo Prado
2009

Primeira Ferrovia do Brasil – Estrada de Ferro Mauá

O início das ferrovias no mundo deu-se em meados do século XIX, contribuindo de forma significativa na economia mundial. Tornou-se com o tempo, um importante meio de transporte de passageiros e cargas em países de grandes dimensões, tendo como principal característica o pequeno gasto de energia por tonelada, facilitando o transporte e movimentação de cargas em grandes lotes. Embora o transporte rodoviário não possua agilidade nem mobilidade, deixando o processo bastante lento, existe uma grande vantagem que o difere de outros meios de transporte, pois somente pelo meio ferroviário é possível integrar e facilmente ter acesso às regiões distantes uma da outra.

Entre os tipos e modelos de vagões, locomotivas e vias, também conhecidos como Forças Motrizes, desenvolveram-se novas forças como o vapor, diesel, bateria, eletricidade entre outras. O transporte a vapor foi o primeiro a utilizar carvão como combustível. Logo o diesel mostrou-se mais rentável e assim, desenvolviam-se outros tipos de energias cada vez mais adequadas.

A primeira ferrovia mundial surgiu na segunda metade do século XVIII, durante a Revolução Industrial. Foi nesse momento que houve o avanço de ferramentas e máquinas que muito contribuíram para o avanço e desenvolvimento dos transportes como um todo. A Inglaterra foi a pioneira das ferrovias no período de Industrialização e em seguida, iniciava-se a época da mecanização, sendo utilizada mais tarde nas primeiras locomotivas. Na América do Sul, o transporte ferroviário teve início logo após a independência de alguns países, pois o governo estrangeiro buscava investir no meio de transporte que facilitaria trabalhos nas novas terras, visando obter um retorno lucrativo.

Segunda Ferrovia Brasileira – São Paulo Railway 

No Brasil, o início das Ferrovias deu-se por Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, no dia 28 de janeiro de 1813, no Rio Grande do Sul. Este ficou conhecido como o patrono dos transportes e teve participação nas cinco primeiras ferrovias inauguradas em nosso país: De Recife ao São Francisco (1858), Bahia ao São Francisco (1860) e a última em Santos à Jundiaí (1872) tendo essa última também a participação e apoio da Companhia Paulista. Com o café tornando-se um principal produto da economia, alcançando o reconhecimento mundial, as ferrovias tomaram uma proporção grande e começaram a expandir. Em 1940 surge a estrada de ferro ligando a cidade de Bauru. Também tinha a intenção de ligar os oceanos Atlântico ao Pacífico, passando por Mato Grosso a Bolívia. Já em 1901 surge a estrada que ligava Araraquara à Taquaratinga. A estrada de ferro que ligava São Paulo ao Rio de Janeiro surgiu em 1875, também conhecida como Railway, responsável pelo escoamento de grãos de café até o Porto. Por fim, em 1983, surge a estrada que ligava São Paulo à Minas Gerais, ligando as principais regiões fazendeiras cafeeiras à Companhia Mogiana. As estradas expandiram-se também em diversos países como Argentina, França e Inglaterra.
  
As ferrovias foram deixadas de lado depois da crise mundial financeira que causou desordem na importação e exportação de produtos. Getúlio Vargas deu início à Industrialização no Brasil. Porém, foi no governo de Juscelino Kubitschek que ocorreu a maior mudança econômica da época, com o surgimento de novas empresas automobilísticas e consequentemente, o abandono do sistema ferroviário, que não serviria mais como principal sistema crescente da demanda industrial.

O TCC apresentado conta a história deste importante meio de transporte, que foi se perdendo ao longo da história, e que hoje já se mostra uma das soluções práticas para os gargalos encontrados no transporte, seja de pessoas ou mesmo de cargas. A apreciação do mesmo facilitará muito no estudo desse meio de transporte, e é altamente recomendado pelo grupo. 
                                                  Grupo Águia
Ariane, Felipe Lopes, Lucas, Pricila, Vinicius Costa e Vinícius Dalcheco

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