Infra- Estrutura Portuária Para os Cruzeiros
Marítimos -
Logística aplicada ao turismo Vol. 02
TCC elaborado por:
WAGNER DE SOUZA SILVA
Orientador Professor Msc. Álvaro Camargo Prado
2009
Com o aumento do número de cruzeiros
marítimos, fica clara a falta de infra-estrutura nos portos do Brasil, causando
entrave no setor. A precariedade das estruturas dos terminais de passageiros, o
conflito entre movimentação de cargas e pessoas, o intenso movimento de navios,
causando congestionamentos e demora na atracação, são fatos que geram a
necessidade de um melhor estudo logístico e na formação de profissionais
qualificados para tal demanda. O terminal de passageiros do porto de Santos é
considerado o melhor da América do Sul.
Terminal Passageiro de Santos.
Terminal Passageiro de Santos.
Com a lei de modernização dos portos, que liberou a cabotagem no Brasil, permitiu que as cidades portuárias atraíssem esse tipo de lazer. Com os congestionamentos nas estradas e aeroportos, o câmbio favorável, e por ter sido pouco afetado pelas crises internacionais, os cruzeiros marítimos se mostram um grande atrativo pela facilidade de locomoção entre os pontos turísticos e os serviços de hotelaria, gastronomia e lazer, todos luxuosos que são oferecidos, muitas vezes mais em conta, motivo pelo qual, a cada temporada o número de passageiros vem aumentando.
O grande desafio é adequar às
instalações portuárias a realidade do aumento do movimento de passageiros que cresce
a cada ano na cidade de Santos. A integração de órgãos federais, estaduais, e
municipais se faz necessário. Os navios são como pequenas cidades e a logística
é fundamental, sendo aplicado em todas as fases desse processo, desde o
embarque das bagagens, o transporte dos passageiros até os navios bem como na
rede de abastecimento de água, mantimentos e demais insumos que serão
utilizados no cruzeiro.
Os navios de passageiros ainda
encontram entraves nos portos, como leito raso nos canais, que comprometem a
atracação e a utilização por embarcações maiores e mais modernas, a ausência de
terminais de atracação voltados exclusivamente para passageiros e que atendam a
sua demanda, assim como uma lei específica para o setor.
No terminal de Santos, os passageiros
transitam pelos terminais de bagagens desorganizados, junto a fornecedores e
suas cargas, além de percorrerem grandes distâncias, filas enormes e espera
acima do aceitável.
Com a vinda de navios maiores e com
capacidade maior de passageiros, e maior número de escalas fica evidente a
necessidade de uma estrutura urbana que possa atender melhor essa movimentação,
eliminando gargalos e aborrecimentos aos usuários. Setores públicos e privados
deverão se preocupar em fornecer acesso fácil ao terminal, tanto para passageiro
tanto para carga, transporte fácil aos turistas (transporte turístico atrativo)
para conhecer os pontos turísticos da região, bem como ao comércio local.
As dificuldades do setor de
abastecimentos dos navios ainda são grandes, segundo o setor existe a
necessidade da instalação de estoques alfandegados, medida que facilitaria a
venda de mercadorias estrangeiras. Há também a necessidade de melhorar os
acessos e condições de trabalho das inúmeras empresas prestadoras de serviços como
reparos, limpeza, dedetização, ferramentas, equipamentos de proteção pessoal,
remédios, produtos de higiene, fornecimento de combustível e de água potável,
que através de um grande esquema logístico garante o funcionamento do cruzeiro
marítimo. Os produtos são divididos em secos, refrigerados e congelados e o
embarque dessas mercadorias deve ser rápido, em container e entregues no
armazém do navio.
No ano de 2007, o turismo brasileiro
contou com 352 mil empresas, movimentou 53 segmentos da economia, gerou dois
milhões de empregos diretos e 5,4 milhões de empregos indiretos, com um peso de
2,2% no Produto Interno Bruto (PIB). (ABREMAR, 2009).
Valor dos impostos, taxas e encargos gerados pela atividade dos
cruzeiros marítimos no Brasil na temporada 2005/2006
Fonte: Revista Turismo em Números
Fonte:
ABREMAR
Os cruzeiros marítimos já
representaram um dos principais serviços vendidos no país, pois é fruto de um
transporte amplamente consumido em décadas passadas, porém, com outro enfoque,
e por um grande mercado potencial nacional e internacional.
GRUPO
FALCÃO
Arthur Naka, Felipe
Dias, Gislâine Assunção, Márcio Pereira, Oswaldo Chaves e Sarah Borges
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