Infraestrutura para os Cruzeiros Marítimos
Revitalização das Áreas Portuárias Vol. 03
Karla Krysthyne Nachtajler Amado
Orientador:
Prof. MSc. Álvaro Camargo Prado
2009
O segmento de cruzeiros marítimos no
Brasil cresceu e cresce a cada temporada e apesar da participação América do
Sul no cenário mundial ainda ser bastante pequena, o Brasil possui um grande
potencial para se tornar um dos maiores mercados neste segmento, nosso país
possui um litoral com mais de 7 mil quilômetros e um clima muito favorável ao
turismo marítimo.
Cruzeiro Turístico na costa
brasileira
No ano de 2007, o turismo brasileiro
teve um peso de 2,2% no Produto Interno Bruto (PIB) (ABREMAR, 2009). Contudo,
estes números poderiam ser maiores.
Segundo a ABREMAR, o Brasil usa apenas 2% de sua força de
trabalho na atividade turística, enquanto a França, por exemplo, emprega
25%. Em outras palavras, quando chegarmos próximos a essa meta, o setor será o
maior empregador nacional.
Tabela 1 –
Resumo dos impactos econômicos da
Atividade
dos cruzeiros marítimos no Brasil 2005/2006
Fonte: Revista
Turismo em Números
Como podemos observar na tabela acima,
na temporada 2005/2006 os cruzeiros marítimos geraram, direta e indiretamente
R$ 245,6 milhões de renda e mais de 14 mil empregos.
Entretanto, ainda existem muitos problemas a serem
sanados quando falamos de infraestrutura portuária e receptiva. Alguns portos
não oferecem berços de atracação suficientes e viáveis, e as instalações para
turistas são precárias causando possíveis transtornos aos passageiros e
inviabilizando as escalas nestas cidades. Consequentemente, estes fatores acabam
impedindo o enriquecimento da região como destino turístico. Como
proposta para solucionar os problemas existentes nas precárias estruturas dos
terminais para passageiros são necessários projetos de revitalização portuária.
A
revitalização consiste em ligar os aspectos históricos e culturais às novas
atividades, utilizando práticas que desenvolvam áreas sem ocupação ou menos
utilizadas.
Nos sistemas de relacionamento
porto-cidade, os portos ganham novo papel na logística dos transportes, levando
a uma crescente interdependência: o porto torna-se parte do sistema de conexões
e fluxos interdependentes com o espaço urbano da região, deixando de ser uma
unidade autônoma. (SANTANA, 2003).
Os espaços entre zonas portuárias e zonas
urbanas deixaram de ser conflitantes, passando a serem partes integrantes de
uma cadeia logística. Um bom funcionamento portuário é diretamente
proporcionado a bons aspectos econômicos e sociais para a população, assim como
uma boa infraestrutura urbanística influencia diretamente em um bom
desenvolvimento portuário.
Segundo Santana (2003, pág. 225) “As
experiências internacionais e seus processos subjacentes tornaram-se
referências fundamentais dos novos projetos em desenvolvimento em todos os
continentes”. Modelos de revitalização portuária em portos europeus e
norte-americanos são usados como paradigmas de gestão em outros cenários
portuários, como no Brasil.
Porto De
Baltmore(EUA).
O Inner Harbor, em Baltimore (EUA),
foi reformado há mais de 50 anos. A partir dele, outros países seguiram o
projeto de aproveitar o espaço da área portuária.
Podemos ver então
que por meio de uma gestão portuária regulamentada, com infraestrutura
logística e de transportes integrados, unidos por projetos e empreendimentos
planejados e viabilizados socioeconomicamente, torna-se solucionada a
problemática da barreira de crescimento dos navios de cruzeiros.
Este conteúdo também nos permite
concluir que a relação porto e cidade deve ser interligada pelos fatores
logísticos externos aos terminais de passageiros.
Grupo Jaguar
Integrantes:
Felipe Barbosa, Felippe Leoni, Georgiane, Guilherme Mendes, Guilherme
Pelegrino, Ivens.
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