ESTUDO COMPARATIVO ENTRE REEFER E CONTÊINER CRIOGÊNICO
Caso LocalFrio
Autoras: MARINA CAROLINE PITORRI MELLI e NICOLLE CONTES DE OLIVEIRA
Com o advento da globalização e o aumento significativo da produção, em setores como o de cargas congeladas e resfriadas, a logística assume papel primordial para a geração de lucros e maximização de tempo. A criogenia é uma alternativa para os sistemas de cargas frigoríficas, pois, com a aplicação do CO2, é possível a viabilização de um transporte de congelados e resfriados com qualidade e ecologicamente correto.
A criogenia estuda fenômenos ocorridos a temperaturas muito
baixas, geralmente associadas a gases liquefeitos, tais como o Nitrogênio e o
Hélio. Esta tecnologia explora os efeitos da transferência térmica entre um
agente e o meio. São processos de retirada de calor dos corpos com dispêndio de
energia (resfriamento e congelamento). A tecnologia do frio tem inúmeras
aplicações, seja nos processos industriais, ou mais especificamente nos
logísticos (transporte e armazenagem).
O transporte de produtos alimentícios tomou uma grande fatia
dos gráficos de exportação e em território nacional está presente no modal
ferroviário principalmente para movimentação de carne, do centro-oeste para o
sul do país. Visando este mercado a empresa brasileira LocalFrio Terminais
Frigoríficos foi a primeira a viabilizar a montagem do primeiro contêiner
criogênico em solo nacional, com a assessoria da empresa norte-americana
detentora da patente o contêiner passou a operar em dezembro de 2010 e vem
demonstrando que o uso de neve carbônica é a melhor opção em termos
operacionais, logísticos e ambientais se comparado ao reefer que ainda é o mais
utilizado.
O sólido de dióxido de carbono possui o nome genérico de
sólido de dióxido de carbono possui o nome genérico de “gelo seco” e é um
agente refrigerante versátil. Diferentemente da água que passa do estado
sólido e derrete, o gelo seco sublima,
mudando diretamente do estado sólido
para o gasoso; seu ponto de sublimação
é-78.5°C. A temperatura baixa e a
sublimação direta para o estado gasoso faz do gelo seco e a sublimação direta
para o estado gasoso faz do gelo seco um refrigerante muito efetivo.
Um dos maiores desafios para o desenvolvimento das atividades
utilizando os equipamentos criogênicos são os elevados preços do dióxido de
carbono. Para a viabilização da técnica
apresentada no presente trabalho, é necessário o controle absoluto do
suprimento dede dióxido de carbono para o abastecimento dos equipamentos
dióxido de carbono para o abastecimento dos equipamentos criogênicos. Um
processo amplamente utilizado na atualidade é o seqüestro direto, onde o CO2
presente em refinarias, plataformas e Termoelétricas é separado dos demais
componentes, capturado, transportado e armazenado em reservatórios geológicos
subterrâneos.
Para a padronização dos containers, o Brasil adotou e
ratificou os Termos Termos da proposta da International Standards Organization
(ISO) da proposta da International Standards Organization (ISO), Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade
Técnica (INMETRO).
Os primeiros maquinários para containers frigoríficos,
começaram a ser desenvolvidos na década de 60 com tecnologia a ser
desenvolvidos na década de 60, com tecnologia semelhante aos refrigeradores,
com a opção “liga-desliga”, a evolução tecnológica no campo da eletrônica
iniciada nos anos 80, possibilitou o gerenciamento lógico das unidades e por
derradeiro nos anos 90 houve a introdução dos micro-controladores.
O container criogênico quando comparado com os
containers reefers atuais,
possui algumas vantagens como: não é mecânico, atuais, possui algumas vantagens
como: não é mecânico, não necessita de energia elétrica para seu funcionamento
(os containers antigos necessitam de energia elétrica durante o transporte),
não há a necessidade de monitoramento ou intervenções, sua operação é
simplificada dispensando a contratação contratação de especialistas e reposição
de cabos e conectores de especialistas e reposição de cabos e conectores, pode
ser utilizado em qualquer modal de transporte, é ecologicamente correto.
O
contêiner criogênico substitui o reefer com ganhos em diversos aspectos. Em
relação à Logística, as vantagens de sua utilização são:
•Preservação
da qualidade do produto;
•Simplicidade
de operação: basta somente ajustar o termostato e acionar o sistema;
•Resfriamento
imediato: a inércia térmica é virtualmente zero;
•Manutenção
mínima;
•Preservação
da qualidade do produto;
•Garantia
da Cadeia do Frio;
•Baixo
investimento;
•Compacto;
•Bacteriostático.
Na medida em que a economia mundial vai se tornando cada vez mais
globalizada, a logística passa a ter acentuadamente um papel importantíssimo
para a região. A existência de meios logísticos, em nível de preços razoáveis,
influi significativamente na competitividade dos produtos comercializados. As
mercadorias congeladas devem ser mantidas a uma temperatura de -18°C ou
inferior, do momento em que são congeladas pela primeira vez ate chegarem ao
porto de embarque.
Transportar carnes congeladas num país de dimensões continentais
como o Brasil é um desafio significativo, tendo-se em vista que muitas vezes as
estradas encontram-se em situação precária e não possível de dispor de todos os
insumos necessários para a manutenção da qualidade obtida no frigorifico.
Assim, o trabalho árduo despendido nas etapas anteriores para monitorar a
qualidade durante o abate, no corte, na lavagem e na embalagem serão inúteis se
as condições de transporte não forem adequadas.
A oscilação da temperatura durante o transporte diminui a
qualidade do produto, e resfriar novamente antes do embarque fará com que a
umidade migre do produto para as superfícies frias dos materiais de embalagem.
Isto poderá resultar em desidratação do produto e um indesejável acúmulo de
cristais de gelo dentro das embalagens. As perdas de qualidade do produto
aumentam de acordo com a quantidade de elevação de temperatura e com a
frequência de novos resfriamentos.
Primeiramente as mercadorias congeladas são carregadas no
contêiner e suas portas são lacradas. Em seguida ocorre o abastecimento de CO2 líquido no compartimento do contêiner, sendo imediatamente
convertido em neve carbônica, uma forma menos densa de gelo seco. O CO2 é fornecido por caminhões tanque. Após o período de trânsito,
a neve carbônica contida no compartimento “bunker” sublima em forma de
vapor e flui para baixo, envolvendo a carga e mantendo-a congelada. No período
de transporte, o CO2 sólido remanescente sublima e se
converte em vapor possibilitando a manutenção de temperatura adequada dentro do
contêiner. Diferente do contêiner reefer que é utilizado atualmente, o
contêiner criogênico não é mecânico e não tem necessidade de energia elétrica
para o seu funcionamento.
O container criogênico foi testado e utilizado em sistemas
intermodais nos Estados Unidos. Os testes estáticos foram acompanhados pela
empresa SGS. O caminhão utilizado foi pesado antes e após o carregamento do
CO2, com pesos respectivos de 13469 Kg de líquido e 6460 Kg de sólido,
corroborando que apenas a metade do CO2 éé ô á convertida em neve carbônica. A
válvula foi selada, a carga foi estocada no terminal de Rhenus por 22 dias,
sendo a temp g peratura checada diariamente. A carga utilizada como parâmetro
foi de 15060 Kg de batata frita congelada com temperatura variando de -14°C a
-18°C, sendo esta temperatura checada checada através de 7 termômetros,
colocados no interior do através de 7 termômetros, colocados no interior do
container e as portas devidamente seladas.
A adoção de sistemas criogênicos para o transporte de cargas
congeladas e resfriadas é uma solução para a otimização dos transportes em qualquer tipo de modal quer seja
ferroviário em qualquer tipo de modal, quer seja, ferroviário, marítimo ou
rodoviário. O Brasil, pode valer-se de tal tecnologia para atenuar os gargalos
logísticos. Por ser o container criogênico
de fácil operação e sem utilizar a eletricidade e ecologicamente
correto, não há obstáculos para a utilização de forma eficaz nos modais de
transporte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Já comentou?