UTILIZAÇÃO
DE BARCAÇAS NO TRANSPORTE INTERNO DE CARGAS NO PORTO DE SANTOS
TCC Elaborado Por:
JOSÉ LUIZ BARBOSA
HESPANHOL
VALDIR GONÇALVES DA SILVA
Orientador: Profº MSc. Walter Garcia Alvares
Santos – SP
2012
A movimentação de cargas no Porto de Santos enfrenta
inúmeros fatores restritivos. A maior parte dessa movimentação acontece pelo
modal rodoviário, gerando maiores custos e gargalos em um sistema deficiente e
já esgotado. Uma possível solução é a utilização de barcaças no transporte
interno de mercadorias em portos. Sua utilização ainda poderia amenizar o
desenvolvimento e contribuir para uma diminuição do tráfego de veículos pesados
os arredores do Porto.
O Porto de Santos é uma das maiores portas de saída do
comércio exterior do país. Sua localização é privilegiada, sua área é
apresentada na Figura:
O volume de cargas movimentadas exige que o porto de Santos possua
melhor acessibilidade que qualquer outro porto no Brasil, pois os custos dos
produtos comercializados são diretamente influenciados pelos processos de
movimentação, o que motiva a constante busca para minimizar estes custos, e
alternativas que melhoram o fluxo de mercadorias são saídas que nem sempre são
exploradas.
O sistema de transporte brasileiro sofre historicamente as
consequências por causa da preferência pelo modal rodoviário e os gargalos
impostos por essa escolha são evidentes. Congestionamentos, filas de espera dos
caminhões, trânsito das cidades vizinhas, altos custos de frete e perdas de
mercadorias transportadas no decorrer do trajeto são alguns exemplos das
consequências causadas pela supremacia desse modal.
A cabotagem apresenta-se como uma nova realidade dentre os
meios de transporte do país, motivado principalmente pela diferença nos custos
quando comparados aos outros modais no transporte de longas distâncias.
Denominada por cabotagem industrial, essa modalidade começou
a ser utilizada no Brasil em 2003, e era direcionada à movimentação de madeira
na costa brasileira, onde sua frota trafega entre dois portos, operando sem
interrupções.
A escolha por essa opção de transporte é influenciada por
abandonar um sistema de transporte puramente rodoviário.
Algumas vantagens são: redução no tráfego de veículos de
grande porte nas estradas e rodovias e principalmente a redução dos custos com
o transporte.
A movimentação de mercadorias através de barcaças
assemelha-se às operações de comboios fluviais, conforme na figura abaixo:
No Brasil, a empresa
de celulose Aracruz Celulose S/A foi a pioneira, utilizando a cabotagem
industrial desde 2003, transportando toras de eucalipto do centro de sua
produção, na Bahia, até o centro de consumo, no Espírito Santo.
Para o funcionamento do sistema foi feito um investimento de
US$ 51 milhões, desde a construção de terminais marítimos, aos equipamentos de
carga e descarga.
Para a Aracruz as principais vantagens foram as reduções no
número de viagens pelo modal rodoviário e redução de custos.
A implantação do sistema traz inúmeros benefícios já comprovados,
mas alguns dos entraves para sua implantação em larga escala são os custos para
coloca-lo em funcionamento.
Conforme os exemplos apresentados, são necessários sólidos
investimentos em terminais, ou seja, é indispensável o interesse do governo e
das autoridades portuárias na sua implementação.
No porto de Santos já existe a utilização do sistema,
entretanto não na dimensão que poderia existir.
Desta forma, os gargalos que atrapalham a operação portuária
em Santos permanecem, impedindo o crescimento do Porto.
Grupo Tatu
Integrantes
André Acsonov / Eduardo Nardi / Marcus Vinicius
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