quarta-feira, 21 de novembro de 2012

UTILIZAÇÃO DE BARCAÇAS NO TRANSPORTE INTERNO DE CARGAS NO PORTO DE SANTOS
 
TCC Elaborado Por:
JOSÉ LUIZ BARBOSA HESPANHOL
VALDIR GONÇALVES DA SILVA
 
Orientador: Profº MSc. Walter Garcia Alvares
 
Santos – SP
2012
A movimentação de cargas no Porto de Santos enfrenta inúmeros fatores restritivos. A maior parte dessa movimentação acontece pelo modal rodoviário, gerando maiores custos e gargalos em um sistema deficiente e já esgotado. Uma possível solução é a utilização de barcaças no transporte interno de mercadorias em portos. Sua utilização ainda poderia amenizar o desenvolvimento e contribuir para uma diminuição do tráfego de veículos pesados os arredores do Porto.
O Porto de Santos é uma das maiores portas de saída do comércio exterior do país. Sua localização é privilegiada, sua área é apresentada na Figura:

 
O volume de cargas movimentadas exige que o porto de Santos possua melhor acessibilidade que qualquer outro porto no Brasil, pois os custos dos produtos comercializados são diretamente influenciados pelos processos de movimentação, o que motiva a constante busca para minimizar estes custos, e alternativas que melhoram o fluxo de mercadorias são saídas que nem sempre são exploradas.
O sistema de transporte brasileiro sofre historicamente as consequências por causa da preferência pelo modal rodoviário e os gargalos impostos por essa escolha são evidentes. Congestionamentos, filas de espera dos caminhões, trânsito das cidades vizinhas, altos custos de frete e perdas de mercadorias transportadas no decorrer do trajeto são alguns exemplos das consequências causadas pela supremacia desse modal.
A cabotagem apresenta-se como uma nova realidade dentre os meios de transporte do país, motivado principalmente pela diferença nos custos quando comparados aos outros modais no transporte de longas distâncias.
Denominada por cabotagem industrial, essa modalidade começou a ser utilizada no Brasil em 2003, e era direcionada à movimentação de madeira na costa brasileira, onde sua frota trafega entre dois portos, operando sem interrupções.
A escolha por essa opção de transporte é influenciada por abandonar um sistema de transporte puramente rodoviário.
Algumas vantagens são: redução no tráfego de veículos de grande porte nas estradas e rodovias e principalmente a redução dos custos com o transporte.
A movimentação de mercadorias através de barcaças assemelha-se às operações de comboios fluviais, conforme na figura abaixo:
 
 
 
No Brasil, a empresa de celulose Aracruz Celulose S/A foi a pioneira, utilizando a cabotagem industrial desde 2003, transportando toras de eucalipto do centro de sua produção, na Bahia, até o centro de consumo, no Espírito Santo.
Para o funcionamento do sistema foi feito um investimento de US$ 51 milhões, desde a construção de terminais marítimos, aos equipamentos de carga e descarga.
Para a Aracruz as principais vantagens foram as reduções no número de viagens pelo modal rodoviário e redução de custos.
A implantação do sistema traz inúmeros benefícios já comprovados, mas alguns dos entraves para sua implantação em larga escala são os custos para coloca-lo em funcionamento.
Conforme os exemplos apresentados, são necessários sólidos investimentos em terminais, ou seja, é indispensável o interesse do governo e das autoridades portuárias na sua implementação.
No porto de Santos já existe a utilização do sistema, entretanto não na dimensão que poderia existir.
Desta forma, os gargalos que atrapalham a operação portuária em Santos permanecem, impedindo o crescimento do Porto.
 
 
Grupo Tatu
 
Integrantes
 
André Acsonov / Eduardo Nardi / Marcus Vinicius
 

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