quarta-feira, 21 de novembro de 2012

FINS ALTERNATIVOS PARA DEJETOS VINDOS DO TRANSPORTE DE CARGA VIVA


 

 FINS ALTERNATIVOS PARA DEJETOS VINDOS DO TRANSPORTE DE CARGA VIVA Autor: ARTHUR MESQUITA DA CRUZ BRITO   Orientador: Professor MSc. Daniel Alves Zacarias

  

FINS ALTERNATIVOS PARA DEJETOS VINDOS DO TRANSPORTE DE CARGA VIVA

  

                     Autor:  ARTHUR MESQUITA DA CRUZ BRITO

 

                   Orientador: Professor MSc. Daniel Alves Zacarias

 
 

O trabalho apresenta fins alternativos para dejetos fisiológicos vindos do transporte de carga viva, que muitas vezes, no modal marítimo é jogado ao mar junto com a água de lastro. Os dejetos fisiológicos possuem utilidades energéticas que envolvem um processo de fermentação e posteriormente, produção de energia. São levantados dados de análise financeira, de riscos, de viabilidade técnica e também sobre a questão ambiental. O trabalho aborda especificamente o transporte marítimo de carga viva.

No transporte de carga viva, os dejetos fisiológicos dos animais são misturados ao lastro e despejados nos oceanos enquanto poderiam ser aproveitados para duas finalidades. A primeira delas é a utilização do biogás liberado após os dejetos fisiológicos (esterco) passarem por um processo de fermentação para a posterior produção de energia limpa. O nome deste processo é biodigestão.

A segunda finalidade é realizar a coleta dos dejetos após liberarem o biogás, pois os mesmos podem ser utilizados como fertilizantes para plantações.

É uma forma limpa e renovável de produção de energia e os dejetos remanescentes após a biodigestão tornam-se adubos de excelente qualidade para fortificar as plantações.

É um transporte que envolve uma polêmica quando se trata do bem estar das espécies transportadas, existem órgãos que estabelecem um determinado padrão para que se garanta a integridade dos aspectos físicos e psicológicos dos animais, visando não só manter o bem estar, mas também a qualidade do animal ao chegar ao destino programado. O órgão internacional encarregado de estabelecer condições de tratamento para os animais no transporte é a Sociedade Mundial para a Proteção dos Animais (World Society for the Protection of Animals).

O transporte de carga viva é realizado pelos modais rodoviário e marítimo. Ambos podem carregar tanto as espécies bovinas como as suínas, caprinas e ovinas.

O modal marítimo é o mais incidente no transporte de carga viva. Existem navios que são preparados especificamente para este tipo de transporte, chamados Livestock Carriers ou ainda Cattle Carriers. São embarcações que possuem uma infraestrutura que suporte uma viagem de longas distâncias com animais bovinos, suínos, caprinos e ovinos. Estes também podem ser chamados de “navios-currais” ou “corral ships”.

A empresa que se considera líder mundial no setor de transporte de carga viva é a Siba Ships. É uma empresa italiana e realiza este tipo de transporte mais de quarenta anos. Existe também a Vroon Livestock Carriers que possui a linha “Express” de transportes para animais vivos. É de origem holandesa e muito bem recomendada devido ao respeito e cumprimento dos padrões estabelecidos para manter a qualidade da carga e a integridade dos animais durante o transporte.

Os animais ao embarcarem nos navios-currais, encaram situações de superlotação, tendo que conviver em sua própria sujeira, mas comparado ao modal rodoviário, é um ambiente mais agradável devido à infraestrutura que os navios oferecem para fornecer água, alimento e ventilação aos animais.

Os dejetos liberados são recolhidos durante a lavagem dos currais que acontecem a cada cinco dias e são jogados para a tubulação do navio, misturado à água de lastro e é jogado ao mar.

Pode-se extrair biogás da fermentação anaeróbia dos dejetos de animais suínos, bovinos, ovinos, equinos e de aves; em uma viagem de 21 dias, em um navio transportador de carga viva com aproximadamente 3234 bovinos a bordo, se fizer uma coleta diária de todo o esterco produzido, pode-se adquirir a quantidade de 275051,7m³ de biogás.

Uma grande vantagem do biogás é que sua produção não compete com a produção de alimentos, não precisando de uma porção de terra para sua extração. Toda matéria viva ao iniciar o processo de decomposição (quando morre) chama-se biomassa. No processo de decomposição de matéria viva, bactérias anaeróbias (que agem na ausência do oxigênio) retiram da biomassa as substâncias que servem de alimento e ao fazer isso lançam na atmosfera, gases e calor.
 
 

                                                                    Grupo Onça

                                     Integrantes:  Adilson V. Antolin  e  Sergio Miranda
                                           

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