ESTOQUE E
DESABASTECIMENTO DE MEDICAMENTOS EM UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
TCC Elaborado Por:
ALESSANDRA RODRIGUES
DOS SANTOS
RENATA
PASETTI FIGA
Orientador: Profº MSc. Mario Nogueira Neto
Santos – SP
2010
O medicamento é um
dos insumos mais caros da administração de estoque. Devido ao seu alto valor,
necessita de maior atenção, no que diz respeito a sua aquisição, armazenamento,
dispensação e controle. Por isso que a administração de estoque de medicamentos
deve ser sempre um motivo de preocupação de qualquer instituição. Sabe-se que a
saúde pública tem muitas limitações e a logística como forma de otimizar os
processos de gestão pública vem colaborar para essa área.
O desabastecimento de
medicamentos contribui para que a cadeia de abastecimento se torne muito
complexa. A relação entre sazonalidade e os medicamentos faltantes, além de
fatores como fornecedores, surtos e epidemia, influenciam na gestão do estoque.
As unidades de saúde devem estar preparadas para atender a demanda, pois não é
possível prever situações de desabastecimento, sendo que a falta desses
medicamentos interfere no tratamento dos pacientes atendidos, prejudicando a
saúde pública.
Existem vários
motivos que caracterizam a falta de medicamentos, como a falta de investimento
no setor de materiais, ocorrências de corrupção e clientelismo, baixa qualidade
no serviço prestado, inexistência de processos coordenados para o fluxo de
materiais, departamento de compras operando sem políticas definidas e falta de
recursos financeiros, com isso observa-se que administrar os materiais não
significa apenas controlar o estoque.
A Cadeia de
abastecimento do setor farmacêutico é complexa, envolvendo laboratórios
nacionais e transnacionais, fornecedores de insumos farmacêuticos,
distribuidores, farmácias e o mercado institucional. Essa complexidade é
representada na figura a seguir:
A quantidade de
medicamentos e os problemas relativos à segurança e qualidade dos mesmos
contribuem para aumentar a complexidade da cadeia, portanto para garantir a
eficácia das operações, é importante a visão integrada da cadeia de
abastecimento envolvendo os responsáveis pela logística.
Os aumentos inesperados da demanda, assim como as
interrupções na fabricação ou alterações na linha de produção de um medicamento
podem causar o desabastecimento dos mesmos, gerando adiamento de procedimentos
ou até mesmo cancelamento que pode ocasionar um aumento nas patologias. Com
esse desabastecimento o setor produtivo tende a aumentar seus preços, devido à
falta do concorrente no mercado.
As unidades de saúde devem estar preparadas para enfrentar
situações de desabastecimento, tomando medidas internas e definidas
previamente, como por exemplo: avaliar a situação e o impacto do
desabastecimento na unidade (examinando causas, tempo de reposição e
disponibilidade interna e externa do medicamento), após a avaliação devem
identificar alternativas terapêuticas ou farmacêuticas para o medicamento em falta,
adaptação com outros hospitais, seleção de pacientes, identificação de
fornecedores alternativos e principalmente monitorar constantemente os
medicamentos em estoque, buscando um equilíbrio entre a prevenção de gastos
elevados devido à crise de abastecimento e acúmulo de estoque antecipados para
enfrentamento da mesma.
Essas ações servem para evitar futuros transtornos para a
organização, pois a vigilância sanitária deve identificar se o desabastecimento
do medicamento é uma decisão administrativa de interrupção de produção, um
recall voluntário ou uma inadequação à legislação sanitária, intervindo assim
de maneira efetiva. Os casos de desabastecimento devem ser comunicados aos
órgãos governamentais pelos hospitais e serviços de saúde.
Grupo Tatu
Integrantes
Andre Acsonov / Eduardo Nardi / Marcus Vinicius
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